29 de março de 2008

Seria tão mais fácil se a culpa fosse de outra pessoa qualquer. É sempre mais conveniente e menos doloroso culpar outra pessoa pelos nossos erros, assim como é mais fácil criticar sempre os outros em vez de olharmos para nós próprios.

A dor, o coração arranhado, amordaçado, espezinhado seria mais suportável, porque não teríamos sido nós – masoquistas – a magoarmo-nos a nós próprios e, de seguida, magoado outros, provavelmente com mais força ainda.

E é, efectivamente, tão mais fácil deixar que a raiva se sobreponha à tristeza, à vontade de lutar. Porque se calhar as coisas não eram aquilo que pareciam… Nada é aquilo que parece. Só é preciso acontecer alguma coisa para tudo se perceber.

1 comentário:

Anónimo disse...

Às vezes...uma coisa não basta...mas quando um pedaço de nós se ressente...absorve tudo o que te faz sentir...é nas cicatrizes, que guardas a cola que une as partes de ti...

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