22 de dezembro de 2007

'A man who moralises is usually a hypocrite.'
Oscar Wilde

14 de dezembro de 2007

«I always hope that you remember: we will never really learn then meaning of it all. What we have is strong and tender, so hold on, in the middle of the madness. When the time is running out and you left alone, all i want you to know is that it's still strong. Nothing can come between us, nothing can pull us apart. There's nothing like you and I, baby.»

20 de novembro de 2007

'Sê paciente: espera que a palavra amadureça e que se desprenda como um fruto.'
Eugénio de Andrade
'It's amazing what you can accomplish when no one cares about who gets the credit.'
Kevin Garnett

19 de novembro de 2007

30 de outubro de 2007

Um dia vou fazer de ti a pessoa mais feliz do mundo.

20 de outubro de 2007

'I just want you close
Where you can stay forever
You can be sure
That it will only get better
You and me together
Through the days and nights
I don’t worry cuz
Everythings gonna be alright
People keep talking
They can say what they like
But all I know is everything’s gonna be alright'
'No one',
Alicia Keys

9 de outubro de 2007

'It's not about doing the things you love, it's about doing things with the one you love!'

In The Break Up

8 de outubro de 2007

'You got a dream, you gotta protect it. People can't do something themselves, they wanna tell you that you can't do it. You want something? Go get it. Period.'

in 'Pursuit of Happiness'
'I'm also just a girl, standing in front of a boy, asking him to love her.'

in 'Nothing Hill'


'Look, I guarantee there'll be tough times. I guarantee that at some point, one or both of us is gonna want to get out of this thing. But I also guarantee that if I don't ask you to be mine, I'll regret it for the rest of my life, because I know, in my heart, you're the only one for me.'

in 'Runaway Bride'


7 de outubro de 2007

Sinto que não é exactamente-isto-que-tu-queres. Eu sinto. Mas às vezes sinto coisas parvas, que não são exactamente-aquilo-que-deveria-sentir. Preciso que me digas a verdade. A verdade do que tu sentes. Para eu conseguir sentir-exactamente-aquilo-que-devo-sentir. Queria tanto que me conseguísses ler por dentro. Ver o que quero, o que sinto, o que posso ser. Quem me dera que o tempo voltasse atrás... E pudéssemos 'ser' como fomos até então.

2 de outubro de 2007

'The pain will make you crazy
You're the victim of your crime
Too much love will kill you
Every time

You would give your life, you would sell your soul
Too much love will kill you
In the end'

'Too much love will kill you',
Queen


1 de outubro de 2007

In the time i would take to learn from my mistakes
In the time i will take to realize your greatness,you'll be gone, you moved on
To someone who takes the time

And now that it's much to little and so far too late
The busy signals all that's left behind
I am all alone

No one knows what they have until they don't
And by then it doesn't matter anymore
I am all alone


«I know its past tense
Its been a minute since
We were a couple
And, walking and holding hands
Kisses and I love yous
Doing what lovers do
Baby
But baby that was then
Cause now we don't
Talk no more

I sit up all night
Thinkin' bout ya
And know it ain't right, baby
But I don't
I don't think, don't think that I
That I can let go

I'm holdin' on to hope
I know its a foolish thought
Think that someday she might come back
Wish on it all the time
Knowin' it never may happen
But see I'm not a fool
Cause no we don't
Talk no more»

'Let go',
Ne-Yo

4 de agosto de 2007

I really don't like the way it sounds.

A escrita sempre foi um escape. Não a uma realidade muitas vezes mais agreste do que esperávamos, mas sim aos meus sentimentos mais profundos. Sinto muito. Mas racionalizo mais. Quantifico tudo. A dor. O prazer. A luxúria. A determinação. A vontade. A preguiça. Penso nos prós, nos contras, nos mais-ou-menos, nos «e se's...». Claro que às vezes 'perco o amor à vida' e atiro-me de cabeça para coisas sem sentido. Vezes demais do que gostaria. Mas errar faz parte da vida. Quando não tenho sono, viro-me de barriga para cima e falo sozinha. Pode parecer um pouco esquizofrénico mas sinto-me reconfortada. Quase como se tivesse ali uma amiga para me ouvir e me dizer exactamente aquilo que preciso de ouvir. E falo, falo, falo. Até o sono me dominar. Ou até me esclarecer. Faz-me bem, percebo-me e fico aliviada. E na escrita também. Para além do prazer de sentir a alma a esvair-se pela caneta e penetrar a folha, adoro passar a mão por cima de uma folha escrita e sentir os altos e baixos. De a sentir mais pesada devido à tinta. De escrever na parte de trás e a sentir diferente, mais macia. É o meu prazer. A escrita. Ou a folha, só por si. As letras. Os significados. A cor da tinta. A letra (mal) desenhada. Antes escrevia em todo o lado. Nos cantos das folhas nas aulas, em guardanapos de café, em folhas soltas rabiscadas ao lado do computador. Só uns gafanhotos. Umas palavritas. E que sentido elas faziam! E depois comecei a escrever aqui. Comecei a ter 'obrigatoriamente' um tema para escrever. Qualquer coisa. Mas nada nunca me me serviu. Gosto de escrever neste espaço. Mas não gosto que julguem o que escrevo. Eu escrevo porque gosto. Porque me dá prazer. Porque gosto de ter a liberdade de escrever o que quero, como penso, como sinto. Não faço citações só 'porque sim'. Faço citações porque significam. Não procuro aqui o alívio do desabafo. Não procuro aqui nada. A não ser o gosto que me dá ver um quadrado cheio de letrinhas que digitei e que para quem sabe o que está a ler, significam tudo.

"Acima de tudo procurem sentir no mais profundo de vocês qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um Revolucionário."

Che Guevara deve andar às voltas no túmulo. Os ideais pelos quais lutou, juntamente com Fidel Castro, desmoronaram-se. O comunismo que defendia, transformou-se rapidamente num comunismo ditatorial, num regime de opressão.

Muitos questionam a popularidade de Che Guevara. Como é possível idolatrar um homem que para fazer valer as suas ideias precisou de matar? Como é que se pode considerar um herói alguém que lutou por um regime que hoje oprime milhares de pessoas? Eu acho que é por essa mesma preserverança que muitos de nós o idolatramos. Essa sua determinação, o ar carismático, de revolucionário, de pensador intriga-nos. E faz com que todos de nós desejemos ter um pouco da humanidade (irónico, huh?), preserverança e determinação que fizeram do Che o melhor Camarada.

Hasta la vitoria siempre!


'I am the me i choose to be.'

3 de agosto de 2007

Para a semana faríamos quatro anos. Um. Dois. Três. Quatro. Uma data de meses mas não uma mão cheia de anos. Mas um dia faríamos também cinco anos. E iríamos ser felizes. Como fomos durante tantos dias que estivemos juntos. Para ti, todos os dias comigo são uma vitória. Eu sinto isso, eu sei isso. Estar comigo é como estar com o tempo. Meteorologicamente (?) falando, claro. Nunca se sabe como estará amanhã. Muitas vezes até as previsões estão erradas. Não me considero um espírito rebelde ou indomável, não o sou, acredita. E também não sou assim tão independente que afirme que não preciso de ninguém. Eu preciso de alguém. De ti. Muitas vezes não sei é lidar com isso. Não é lidar contigo per se, é connosco. Ou comigo, para ser exacta. Acho que lido mal com as mudanças, com os esquecimentos, com as coisas. Não sou indomável, independente, rebelde. Tenho medo. Só isso. Medo que me esqueças, que me deixes, que descubras os meus defeitos, as minhas imperfeições. Ou que descubras o quanto te quero para mim e fiques assustado e fujas. Não quero que fujas de mim. Se calhar é por isso que me vou embora de vez em quando. Ou se calhar isto tudo está na minha cabeça. É o mais provável. Não gosto de estar no cinzento. As coisas são como são. Ou estamos ou não estamos. Nós vamos estando. É complicado estar apaixonado. Deixamos de fazer sentido. Ou pelo menos o sentido que gostaríamos de fazer. Disse isto tudo só para dizer que te amo, já viste?

27 de julho de 2007

'Nunca me deixaram antes, sabes, fui eu sempre que fugi, trancas à porta, adeus que se faz tarde. Nunca me esqueceram primeiro nem nunca amei quem não me amou. Não é presunção, é questão de me fazer todo o sentido: o Amor é um encontro de vontades no espaço sideral, é um nó que flutua, solto, mas que não se desfaz enquanto as duas pontas não se desentrelaçarem em simultâneo. Como poderia amar-te se tu não me amasses de volta? Como poderia amar-te sem conhecer, compreender e aceitar os termos do teu Amor? Se apenas eu te quisesse, o meu querer seria a ponta solta de um cabo eléctrico à deriva numa poça de água, sem rumo, apenas à procura de fazer doer a alguém. Por isso acho estranho, continuar a chorar às escondidas por ti, quando, supostamente e de acordo com todas as regras do bom-senso e da boa vida, tu já nem te lembras que existo. Que sentido faria, encolher-me os joelhos como uma miúda acossada pelos mais velhos e remeter-me, triste, o rosto entre mãos, para o canto do recreio, se tu não recordasses ainda os traços que me compõem o rosto? Seguro de que não te amaria, se não viesses igualmente ao meu encontro, se não corresses algures na minha direcção. Nunca poderia ter continuado a dar-te colo, se me tivesses virado as costas, nunca poderia amar-te as costas, o teu encolher de ombros, esse gingar de ancas desacauteladas. Não entendes? Tens de estar à minha volta, a rondar-me a teimosia, para que eu ainda me lembre de ti. Tens de, por vezes (só por vezes, é o que basta), dormir comigo e de me fingires tua companhia ao almoço, para eu ainda te ter tanto carinho. Tenho de continuar presente na vontade das tuas mãos, na ponta dos teus dedos. Se eu ainda te amo é porque nos encontramos com frequência a meio caminho um do outro, sobre um lago gelado,um campo de trigo, uma estrada deserta. Ou no reflexo de uma chávena de café, no períneo da cidade morta.'
tirado de,
www.umamoratrevido.blogspot.com

10 de julho de 2007

When i'm with you, nothing really matters in this world.

9 de julho de 2007


'I'm gonna be here night after night
To feel your loving arms around me
Baby baby baby baby
You make it all right
No one but you baby baby
Can make me feel
The way you make

Thank God I found you

I was lost without you
My every dream and every wish
Somehow became reality'

contigo é que me sinto feliz.

7 de julho de 2007

Quem são os hipócritas afinal?
apeteceu-me partilhar.

Começo a acreditar que a ignorância é o melhor caminho a seguir para ser feliz

(porque é que as pessoas não vêm com um rótulo de qualidades/defeitos?)

Cada vez mais tolerante. Mais perfeccionista. Mais exigente.

A vida é fodida.

30 de junho de 2007

‘Volta até mim no silêncio da noite
a tua voz que eu amo, e as tuas palavras
que eu não esqueço. Volta até mim
para que a tua ausência não embacie
o vidro da memória, nem o transforme
no espelho baço dos meus olhos.’

'Volta até mim no silêncio da noite,
Nuno Júdice

28 de junho de 2007


'Don't go changing, trying to please me
You never let me down before
I don't imagine you're too familiar
And I don't see you anymore
I would not leave you in times of trouble
We never could have come this far
I took the good times, I'll take the bad times
I'll take you just the way you are

Don't go trying some new fashion
Don't change the color of your hair
You always have my unspoken passion
Although I might not seem to care

I don't want clever conversation
I don't want to work that hard
I just want some someone that I can talk to
I want you just the way you are.

I need to know that you will always be
The same old someone that I knew
What will it take till you believe in me
The way that I believe in you.

I said I love you and that's forever
And this I promise from my heart
I could not love you any better
I love you just the way you are.'

'Just the way you are',
Isaac Hayes

27 de junho de 2007

'Quero definir-te o que é este sentimento: o que pertence à esfera daquilo que a razão
não domina, ou simplesmente nasce da noite, e de tudo o que a envolve. Falo de uma íntima relação entre os seres, de emoções que se transmitem para além de palavras e conceitos, de um encontro de corpos na esfera do segredo. Dir-me-ás: "Para que precisas de uma explicação para o amor?" Mas é a sua inutilidade que me interessa; a dádiva, o simples dizer que as coisas são
assim porque são, e para além disso tudo se complica. Podes, então, rir do que te digo; ou simplesmente dizer-me que as palavras nada substituem, e que tudo o que elas nos dão está a mais. Mas o amor pertence-nos. Não o podemos deitar fora; nem fingir que não existe, como não existe o infinito, a transcendência, a abstracção divina, para quem só crê no concreto. É
verdade que o amor não se vê: o que vejo são os teus olhos, a ternura súbita das suas pálpebras, e o que elas abrem e escondem numa hesitação de luz. Eis, então, o que define este sentimento: um intervalo, uma distracção do tempo, a divina abstracção do infinito na transcendência do real.'
Nuno Júdice
'O amor é quando a gente mora um no outro.'
Mário Quintana
'É tão estranho conhecer uma pessoa. Tão difícil que parece impossível. Não existir e passar a existir: uma pessoa inteira, um mundo inteiro. Onde caberá um mundo inteiro neste mundo pequenino? Como é que se consegue? Como é que se faz?

(...)

Mas gostava que soubesses que já gosto muito de ti, embora ainda não tenha tido tempo de saber o que é isso de gostar muito de ti. Não faz mal, logo se vê. Não, o que me assusta mesmo muito, quase terror por vezes, é depois não poder voltar atrás, tão simplesmente como quem põe uma fita de cinema a rebobinar. Quero dizer, depois de começar a gostar de ti como gosto, já não consigo desfazer isso que se fez, sei lá o quê, o que tu quiseres, isso tudo, o que nos traz juntos até aqui, se tu quiseres.

(...)

É tão bom sentir o que sinto. Que alguém, e és tu, me quer com o maior cuidado para não se enganar, iludir, mentir a si próprio que não me está a confundir, sem querer, com o que desejava ver, sempre esperou alcançar, sonhou quando era criança num sonho que ficou, quer mostrar aos outros, ao pai em especial, a quem quer que seja, pouco importa. Não, do que tu gostas mais em mim é dos meus pecados, dos meus defeitos físicos, de tudo o que não consigo ser, onde falhei, onde não pára nunca de doer, é isso o que tu queres ver, o que queres ter perto de ti, queres aceitar e cuidar, só isso, e o resto, só se vier com isso, porque é isso que tu amas em mim. Será isso? Será assim? Será possível pela primeira vez? Pode ser, talvez seja disso feito o nosso amor. Pelo menos grande parte, meu querido.'

'Muito, meu amor',
Pedro Paixão

'Era suposto ter coisas para te dizer, como lhes chamar revelações, ideias, frases inteiras pensamentos, formas de chegar até ti em linguagem, ciente de que não nos inventaram forma melhor de nos aproximarmos de nos fazermos compreender. Adiei porque não era a melhor altura porque não era ainda isto, faltava-me o pormenor, aquele detalhe que faz com que o que dizemos seja absolutamente claro, exacto, algo que realmente traduz
o que eu queria dizer era
não, escuta, a sério, com atenção.

Não te procurei porque procurar-te me daria a exacta dimensão da tua ausência, poderia vaguear minutos horas, procurar-te quem sabe chamar por ti dizer o teu nome, saberia eu de que pouco me adiantava, seria isto pergunta ou a exacta dimensão afirmação de que não te encontras.'
'A Casa Quieta',
Rodrigo Guedes de Carvalho

Pergunto-me constantemente onde estaríamos agora. Se continuaríamos a ser amigas, a falarmos todos os dias, a partilhar roupa, a mandar mensagens com um asterisco, só porque sim. Se cozinharíamos uma para a outra massa com natas ou carne com natas ou peixe com natas, só porque tinha natas. Se continuaríamos a gostar das mesmas bebidas, exactamente na mesma proporção. Se ainda comeríamos sugos e os colaríamos aos dentes. Se teríamos conversas de manhã, à tarde e à noite, mesmo que estivéssemos juntas 24 horas por dia, 7 dias por semana. Se iríamos ao Avante. A noites africanas. À Figueira. A tua casa. A minha casa. A qualquer lado.
Arrependo-me, sim. Mas de pensar nisto todos os dias. Como se não fosse morrer nunca a saudade.

26 de junho de 2007


Nós somos Coimbra.

The true meaning of friendship.
I can do nothing but Love You.

"Love is obsession, passion, someone you can't live without. If you don't start with that, what are you going to end up with? Fall head over heels. I say find someone you can love like crazy and who'll love you the same way back. And how do you find him? Forget your head and listen to your heart. I'm not hearing any heart. Run the risk, if you get hurt, you'll come back. Because, the truth is there is no sense living your life without this. To make the journey and not fall deeply in love - well, you haven't lived a life at all. You have to try. Because if you haven't tried, you haven't lived."

in Meet Joe Black

'Algum dia eu haveria de entrar na normalidade dos que te amam. Amo-te. E dói escrevê-lo (que é pior, meu amor, do que dizê-lo). Amo-te, absoluta, impossível e fatalmente. E ouço, adolescente, uma música adolescente, para me lembrar de ti, porque lembrar-me de ti é lembrar-me que não consigo esquecer-te. E ouço música porque ouvimos música quando amamos, e tudo, no amor, é música, acústica da alma que se quer ser devorada, e, neste caso, dor (tão deliciosamente insuportável) de amar sem sequência nem expectativa de contrapartida, amar unicamente o puro objecto que desgraçadamente amamos.


(...) E depois, afastamo-nos. Beijo-te a correr, não sei se já reparaste, e quase fujo, porque sair do pé de ti é regressar ao que não és tu, o teu olhar e as tuas mãos, a tua alma e a tua voz, e isso, meu amor, transformou-se no insuportável intervalo entre dois encontros.


Eu penso em ti, ainda mais do que te digo, e tu estás em tudo, mesmo quando não te penso, tu és a grande razão, o horizonte sem nome que constantemente se desenha na minha imaginação de mim.'

'Amor',

António Mega Ferreira


'I'm, I'm so in love with you
Whatever you want to do
Is alright with me
'Cause you make me feel, so brand new
And I want to spend my life with you


Me sayin' since, baby, since we've been together
Ooo, loving you forever
Is what I need
Let me, be the one you come running to
I'll never be untrue
Ooo baby

Let's, let's stay together
Loving you whether, whether
Times are good or bad, happy or sad'

A efemeridade dos momentos deprime-me. É um facto. Constatado diversas vezes ao longo das semanas que formam o mês. Que por sua vez forma o ano. Mais outro. E outros que aí virão.

Pensar que o dia já acabou, que já 'está tudo por hoje', deixa-me triste. Pensar que podia ter sorrido mais. Amado mais. Perdoado (um pouco) mais. Beijado mais. Dado mais. Faz-me pensar que não sei viver o momento.

E gostava.

As oportunidades são (quase) um mito. Não as sabemos agarrar de unhas e dentes. Se soubéssemos, passávamos a vida a sorrir. A ser felizes. E não o somos. Pelo menos não totalmente. E devíamos. Porque é a ser feliz que a vida se vive plenamente.

E eu quero ser feliz.

25 de junho de 2007

'Lembro-me agora que tenho de marcar um encontro contigo, num sítio em que ambos nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma das ocorrências da vida venha interferir no que temos para dizer. Muitas vezes me lembrei de que esse sítio podia ser, até, num lugar sem nada de especial, como um canto de café, em frente de um espelho que poderia servir de pretexto para reflectir a alma, a impressão da tarde, o último extertor do dia antes de nos despedirmos, quando é preciso encontrar uma fórmula que disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É que o amor nem sempre é uma palavra de uso, aquela que permite a passagem à comunicação mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale, de súbito, o sentido da despedida, e que cada um de nós leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio ser, como se uma troca de almas fosse possível neste mundo. Então, é natural que voltes atrás e me peças 'Vem comigo!', e devo dizer-te que muitas vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde, isto é, a porta tinha-se fechado até outro dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então as palavras caem no vazio, como se nunca tivessem sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, é também a mais absurda, de um sentimento; e, por trás disso, a certeza de que o mundo há-de ser outro no dia seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores do céu, do mar, da terra, e do próprio dia em que nos vamos encontrar, que há-de ser um dia azul, de verão, em que o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros.'
'Carta (esboço)',
Nuno Júdice

'Nunca perdi a esperança de que essa grande transformação viria a ocorrer. Não apenas por causa dos grandes heróis que já mencionei, pela coragem dos homens e mulheres comuns do meu país (...) Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele ou por sua origem ou religião. Para odiar, as pessoas precisam de aprender, e se elas podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.'
Nelson Mandela
Todo o ser humano tem a necessidade vital de se sentir amado. O amor inexplicável, arrebatador, consumidor. O amor que se sente e não se explica. O que parece que 'só acontece aos outros'.
Esta necessidade do ser humano tem de ser complementada com o desejo. A paixão ardente que faz querer mais, sempre mais. Numa insatisfação satisfatória constante. A procura pelo cheiro, pelo sabor, pelo sorriso, pelos defeitos que tornam tudo tão perfeito.

Preciso de ti.

22 de junho de 2007

Voltar a este espaço é como recuar atrás no tempo, a uma pessoa que já não sou eu. É recordar um passado que parece tão distante, umas amizades já tão esbatidas no tempo. Voltar aqui é como encarnar uma personagem já desaparecida no tempo, na novidade que é ser diferente. E conseguir ser original.

Conseguir desprender-me dos anos que passei 'contigo', foi difícil. Uma árdua tarefa, diária, constante, desesperante. Foi um lutar com todos os braços, os meus, os emprestados, os imaginários, os desconhecidos, os amigos. Passaram-se segundos, minutos, horas, dias, meses, até que eu conseguisse dizer-te 'Adeus.'.

Batalha contínua para aprender a saber a viver a vida sem as intrigas constantes, as mentiras, as hipocrisias, as falsidades. Aprender a aproveitar cada momento, a saber reconhecer as pessoas pelos seus valores, pelas atitudes. Saber ser amiga e exigir que o sejam para mim também.

A verdade é que nunca me senti tão bem. Se calhar, é daí que nasceu esta necessidade irrequieta de vir aqui. De mostrar que estou bem. Que sou melhor. Que aprendi 'o bem'.

Talvez volte aqui. Talvez não. Gostei.