20 de abril de 2008
12 de abril de 2008
6 de abril de 2008
Como explicar o travo quente que me deixas na boca, o formigueiro que deixas a percorrer nas minhas mãos, a ânsia adocicada do desejo. Ter-te – não há outra justificação possível – deixa-me num fervor genuíno, numa agitação interior intensa. Os instintos revolvem-se, as emoções contorcem-se. O coração – esse bicho que não ouve – bate depressa e enche-se e fica mais vermelho e mais feliz e mais um pouco de tudo. E és tu, só tu, por chegares e sorrires que me deixas assim. Acho que te tenho amado toda a vida…
1 de abril de 2008
Espera. Dá-me só mais cinco minutos. Deixa-me só olhar para ti mais um bocadinho. Esculpir-te na minha memória, adivinhar-te os contornos, os cheiros, o que de mim ficou em ti. Deixa-me olhar para ti de soslaio, retirar de ti o verde dos teus olhos e essa cor de mel das sardas. Fica só um instante, para te conseguir ter para mim mais uns segundos. Não preciso de te tocar, só de olhar. Ficar a olhar para ti e recordar… As músicas, as vezes, as sensações. Quase que ia jurar que se fechar os olhos com muita, mas mesmo muita força te consigo sentir aqui ao pé de mim. Deixa-te estar aí sentado. Vou tentar adivinhar os teus pensamentos, vou amar-te em segredo aqui. Queria tanto poder encostar-me ao teu pescoço, sentir o teu quente. Queria tanto enroscar-me em ti e chorar um bocadinho, porque me dói a alma e dói o que levaste de mim.
Tenho tantas saudades tuas.