15 de maio de 2008

Ainda não te apercebeste que somos feitos um para o outro. Que na anatomia dos meus braços não cabe mais ninguém. Que na hora de acordar, de deitar, de ser, é em ti que penso, é por ti que sou, é por ti que o meu mundo existe. Será que ainda não te apercebeste? Neste nós, só há espaço para mim e para ti. Nesta boca só há sabor para os teus lábios. Neste corpo só há vontade para o teu cheiro. Nas minhas mãos não cabe nada mais que o teu peito, a tua barriga, o teu cabelo. Comigo, só existes tu. Não é difícil de entender. Somos porque fomos um dia. E porque continuaremos a ser. Apercebes-te agora? Só a tua voz me move. São as tuas borboletas que me reviram o estômago e o tornam em nós e em mais nós. É por ti.

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