27 de junho de 2007


Pergunto-me constantemente onde estaríamos agora. Se continuaríamos a ser amigas, a falarmos todos os dias, a partilhar roupa, a mandar mensagens com um asterisco, só porque sim. Se cozinharíamos uma para a outra massa com natas ou carne com natas ou peixe com natas, só porque tinha natas. Se continuaríamos a gostar das mesmas bebidas, exactamente na mesma proporção. Se ainda comeríamos sugos e os colaríamos aos dentes. Se teríamos conversas de manhã, à tarde e à noite, mesmo que estivéssemos juntas 24 horas por dia, 7 dias por semana. Se iríamos ao Avante. A noites africanas. À Figueira. A tua casa. A minha casa. A qualquer lado.
Arrependo-me, sim. Mas de pensar nisto todos os dias. Como se não fosse morrer nunca a saudade.

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