Sinto-me um pouco como se tivesse voltado à infância.
Aquela em que o cheiro a terra molhada se confundia com o cheiro do doce que estava no pão, em que os choros se confundiam com os berros que ecoavam pelos corredores. Sinto-me como se estivesse no mundo em que as preocupações eram «as unhas que ficam presas no estomâgo» e o animalzinho onde tínhamos de pendurar o bibe.
É estranho olhar para ti e pensar que já partilhei tanto contigo e, no entanto, sinto que há tanto ainda por partilhar.
Nunca te disse que adoro as conversas que temos todas juntas e parece que pensamos na mesma coisa [nem que seja para refilar com o Hugo por ele nunca nos deixar falar, sabes?...], que adoro aqueles momentos na aula em que olhamos uma para a outra e fazemos um ar de enjoada. Não sei se por vergonha ou embaraço nunca to disse, por isso, digo-te aqui [num espacinho da minha alma:)], que t'adoro, adoro-te assim... muito!
27 de setembro de 2004
Parecia tudo tão real.
Parecia tudo tão real.
O soalho em madeira que rangia com os teus passos, o cheiro a morango das velas que acendíamos à noite enquanto abraçados, sugávamos os pensamentos, absorvíamos os momentos e invadíamos os recantos um do outro. As almofadas muito brancas espalhadas pela cama, a janela escancarada por onde o sol entrava de rompante e se instalava docemente por entre os lençóis ainda quentes de mais uma noite. O cheiro a café acabado de fazer que invadia o nosso mundo.
Parecia tudo tão real.
O tapete de pêlo branco em que eu insistia esfregar os pés mesmo quando tu a sorrir me fazias cócegas para eu parar. As nossas fotografias a preto e branco espalhadas ordeiramente pela sala. Os livros entreabertos que espreitavam da mesinha da sala, o jarro de rosas brancas que me tinhas oferecido.
Parecia tudo tão real.
Nós os dois sentados numas cadeiras a aproveitar o sol da manhã, de mão dada a beber café com leite. A cadela que ensonada se recostava nas minhas pernas, procurando o melhor ângulo do sol.
Parecia tudo tão real.
O soalho em madeira que rangia com os teus passos, o cheiro a morango das velas que acendíamos à noite enquanto abraçados, sugávamos os pensamentos, absorvíamos os momentos e invadíamos os recantos um do outro. As almofadas muito brancas espalhadas pela cama, a janela escancarada por onde o sol entrava de rompante e se instalava docemente por entre os lençóis ainda quentes de mais uma noite. O cheiro a café acabado de fazer que invadia o nosso mundo.
Parecia tudo tão real.
O tapete de pêlo branco em que eu insistia esfregar os pés mesmo quando tu a sorrir me fazias cócegas para eu parar. As nossas fotografias a preto e branco espalhadas ordeiramente pela sala. Os livros entreabertos que espreitavam da mesinha da sala, o jarro de rosas brancas que me tinhas oferecido.
Parecia tudo tão real.
Nós os dois sentados numas cadeiras a aproveitar o sol da manhã, de mão dada a beber café com leite. A cadela que ensonada se recostava nas minhas pernas, procurando o melhor ângulo do sol.
Parecia tudo tão real.
15 de setembro de 2004
To be or not to be [perfect]?!...
Sempre pensei, se calhar absurdamente, que a perfeição era algo inantigível. Se calhar pensava que a perfeição era algo divino, apenas permitido áqueles que, por uma ou outra razão ultrapassavam os limites dos comuns mortais, a poderiam honrar.
Enganei-me.
A perfeição não é um todo. Não é uma mistura homogénea de factores. Não é uma «pessoa». Não é algo palpável, respirável. A perfeição está em todos nós. A perfeição está numa palavra, está num sorriso, está numas pestanas longas nuns olhos lindos, verdes, grandes, cheios de vida e esperança. A perfeição está num «Bom dia!» dito com as cores do arco íris mesmo que a chuva nos molhe os sapatos. A perfeição está num abraço debaixo das estrelas, ao frio, com o rio Mondego a servir de pano de fundo. A perfeição está num beijo [mesmo que seja um beijinho à esquimó!] ou simplesmente num papelinho passado numa aula de geografia.
A perfeição não se procura, encontra-se.
É feio, é de baixo carácter, é de um acto de vandalismo «desonrar» este dom. É horrível banalizar aquilo que podemos enaltecer em nós.
Engraçado... engraçado mesmo como certas pessoas se deixam influenciar pelo comodismo que uma mentira lhes confere. Há pessoas que preferem viver numa mentira enquanto esta as satisfaz. Mas não será pecado usar um «dom» como uma arma?!... Não será pecado usar e abusar das boas intenções de quem se mostra disposto a gostar de nós pelo que realmente somos e não por aquilo que queremos ser?!...
Repugna-me conhecer pessoas que se elogiam pela mentira. Que mentem aqueles que gostam deles, que se deixam levar por uma vida de facilitismos. São covardes. Não têm coragem para lutar por aquilo que são, por aquilo que ambicionam. Não têm coragem para lutar por serem alguém diferente.
Orgulho-me de poder dizer que eu, eu sou diferente. Tenho amigos diferentes. Tenho amigos que, lá no fundo, se orgulham por serem quem são.
A perfeição não é um troféu. Não é uma conquista. A perfeição é um dom, não para os mais dotados mas sim para os verdadeiros.
Enganei-me.
A perfeição não é um todo. Não é uma mistura homogénea de factores. Não é uma «pessoa». Não é algo palpável, respirável. A perfeição está em todos nós. A perfeição está numa palavra, está num sorriso, está numas pestanas longas nuns olhos lindos, verdes, grandes, cheios de vida e esperança. A perfeição está num «Bom dia!» dito com as cores do arco íris mesmo que a chuva nos molhe os sapatos. A perfeição está num abraço debaixo das estrelas, ao frio, com o rio Mondego a servir de pano de fundo. A perfeição está num beijo [mesmo que seja um beijinho à esquimó!] ou simplesmente num papelinho passado numa aula de geografia.
A perfeição não se procura, encontra-se.
É feio, é de baixo carácter, é de um acto de vandalismo «desonrar» este dom. É horrível banalizar aquilo que podemos enaltecer em nós.
Engraçado... engraçado mesmo como certas pessoas se deixam influenciar pelo comodismo que uma mentira lhes confere. Há pessoas que preferem viver numa mentira enquanto esta as satisfaz. Mas não será pecado usar um «dom» como uma arma?!... Não será pecado usar e abusar das boas intenções de quem se mostra disposto a gostar de nós pelo que realmente somos e não por aquilo que queremos ser?!...
Repugna-me conhecer pessoas que se elogiam pela mentira. Que mentem aqueles que gostam deles, que se deixam levar por uma vida de facilitismos. São covardes. Não têm coragem para lutar por aquilo que são, por aquilo que ambicionam. Não têm coragem para lutar por serem alguém diferente.
Orgulho-me de poder dizer que eu, eu sou diferente. Tenho amigos diferentes. Tenho amigos que, lá no fundo, se orgulham por serem quem são.
A perfeição não é um troféu. Não é uma conquista. A perfeição é um dom, não para os mais dotados mas sim para os verdadeiros.
14 de setembro de 2004
Ressaca Bloguística
Eu admito. Estou de ressaca.
Admito que todos os dias escrevia o endereço do meu bloguinho com uma esperança quase esmagadora de encontrar mais um comentário, mais alguém a implorar o meu regresso ou simplesmente alguém que dissesse que só era feliz lendo o meu blog.
Nada disto aconteceu.
Mas... [há sempre um «mas»... hehehe] houve uma alma caridosa [não vou divulgar o nome aqui. Mas [hehehe] posso dizer que começa com um «E»] que me ligou e disse assim: «Se eu começar a comentar tu voltas a escrever?...», e eu «Não.». Eu sou assim. Má. Demasiado frontal. Fria. [não se iludam com os meus «beijinhos amarelinhos» que é tudo fachada :P]
Mas [hehehe], após muito reflectir, decidi voltar. Não por vocês mas por mim [que nos últimos dias me fartei de rabiscar coisas sem sentido num papelinho minúsculo onde anotei algumas palavras pass].
Portanto, meninas e meninos, i'm back :)
Admito que todos os dias escrevia o endereço do meu bloguinho com uma esperança quase esmagadora de encontrar mais um comentário, mais alguém a implorar o meu regresso ou simplesmente alguém que dissesse que só era feliz lendo o meu blog.
Nada disto aconteceu.
Mas... [há sempre um «mas»... hehehe] houve uma alma caridosa [não vou divulgar o nome aqui. Mas [hehehe] posso dizer que começa com um «E»] que me ligou e disse assim: «Se eu começar a comentar tu voltas a escrever?...», e eu «Não.». Eu sou assim. Má. Demasiado frontal. Fria. [não se iludam com os meus «beijinhos amarelinhos» que é tudo fachada :P]
Mas [hehehe], após muito reflectir, decidi voltar. Não por vocês mas por mim [que nos últimos dias me fartei de rabiscar coisas sem sentido num papelinho minúsculo onde anotei algumas palavras pass].
Portanto, meninas e meninos, i'm back :)
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