3 de março de 2004

Adoro-te*

Há coisas que nunca te disse.
Coisas que, por momentos, pensei que não te fossem interessar... Coisinhas pequeninas, do tamanho daquela formiguinha que um dia adoptei no meu estojo. Mas são exactamente essas «formiguinhas» que hoje te quero contar.
Nunca te contei que o teu passado me arde no peito. Escondi-te sempre as lágrimas que me invadem a alma quando me lembro que o teu passado não muda. Permanece em ti (e em mim). Eternamente. No entanto, nunca te escondi as lágrimas de desespero quando me contas o teu passado, quando me apercebo que continuas a ser tu... que não mudaste, que os teus lábios continuam a ser os mesmos com que beijaste as outras sombras.
Nunca te contei que agradeço a Deus em silêncio por teres aparecido na minha vida. Sim, agradeço porque me vieste salvar quando eu caía na imensidão do nada... Ocultei sempre a felicidade, o orgulho que tenho em ti por me teres ajudado nesses momentos com as tuas brincadeiras que estampavam sorrisos na minha cara molhada de lágrimas infelizes.
Nunca te contei que és o sol da minha vida. Que és uma estrela que brilha sem parar, em todos os momentos... E nunca te contei que adoro cada coisinha pequenina que tu fazes.
Adoro a maneira como conduzes: o olhar a penetrar a estrada. Adoro a maneira como olhas para mim quando estou distraída e os teus olhos brilham «como dois pequenos sóis». Adoro a maneira como lambes os lábios antes de começares a falar mas principalmente, adoro ouvir-te falar. Fazes-me embrenhar nas tuas palavras, levas-me até um mundo totalmente diferente daquele que vivemos (um mundo cheio de magia...).
Adoro tanta coisa em ti, tanta coisa impossível de descrever...
No fundo, adoro tudo em ti...

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