29 de março de 2004

Desculpa.

Ainda estavam promessas no ar. O ambiente pesado contrariava os sorrisos que permaneciam no banco de trás. Permanecia (e permanecerá eternamente) a felicidade de comer donuts às 3 da manhã. Permaneciam os beijos apaixonados, permaneciam aqueles abraços, permanecias tu e eu deitados no banco de trás a soltar promessas que jurámos nunca quebrar.
Agora, estávamos os dois ali. Dois eternos desconhecidos.
As lágrimas teimavam em escorregar dos meus olhos já cansados de chorar, a minha alma deixava-se cair cansada de lutar (contra quê afinal?...) e tu... tu permanecias vago e incerto. Permanecias de pedra e cal como se eu não estivesse ali. Por vezes olhavas para mim... E eu chorava. Chorava porque nada fazia sentido. Estar ali não fazia sentido. Estares comigo não fazia sentido. Viver não fazia sentido.
As tuas palavras eram ásperas e magoavam. Não, não magoavam. Doíam na alma da mais fraca, doíam cá dentro onde se deixavam cair num vazio de algo que se deixou levar.

Eu: Promete que voltas...

[O meu coração: Eu só preciso de ter a certeza que te vou ter por uma ultima vez...]

Tu: Porque acreditas nas minhas promessas?...

[O meu coração: Come back and hold me. Just this time... And if u decide to go away, don't kiss me goodbye...]

Eu: Em ti, eu acredito...

(...)

Tu: Eu volto...

[O meu coração: Só mais desta vez... Mas não te vás embora nunca... Promete, promete só isso... Mas baixinho porque as palavras... as palavras são só nossas desta vez.]

Quando quiseres que eu me vá embora, diz-me depressa. Diz-me de uma vez.
Não hesites quando não me quiseres mais... De certeza que eu vou estar noutro sítio (onde ninguém me poderá ver...) a olhar por ti.

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