10 de abril de 2004

«As palavras que nunca te direi»

«Mas mais que tudo, fiz mal ao negar o que era óbvrio no meu coração: não sou capaz de continuar a viver sem ti.
(...) Agora, porém, com os meus olhos postos no futuro, vejo o teu rosto e oiço a tua voz, certo de que esse é o caminho que devo seguir. É o meu mais profundo desejo que tu me dês mais uma oportunidade.
(...) Por mais que te amasse, sabia que nada iria ser possível a não ser que nós - os dois - tivéssemos a certeza de que eu me dedicaria inteiramente ao caminho que seguia em frente.
(...) fez-me doer por dentro por causa do que eu tinha feito à nossa relação (...)
Claro que te perdoo (...) No meu coração não tinha outra escolha. Deixar-te uma vez foi dificil que chegasse; fazê-lo uma segunda vez teria sido impossível. Eu amava-te demais para te deixar novamente.
(...) Sinto-me grata por teres entrado na minha vida. Ensinaste-me que é possível seguir em frente com as nossas vidas por mais terrível que tenha sido a nossa dor. E à tua maneira, fizeste-me acreditar que o verdadeiro amor não pode ser negado.
(...)
Sinto-me perdido sem ti. Sinto-me sem alma, um vagabundo sem casa, um pássaro solitário em voo para lado nenhum. Sinto todas essas coisas e não sou absolutamente nada. Esta, meu amor, é a minha vida sem ti (...) e sabia no meu coração que íamos estar juntos para sempre (...) Penso em ti, sonho contigo, invoco-te quando mais preciso de ti. É tudo o que posso fazer mas para mim não é o suficiente (...)
Mas agora, comecei a perceber que o destino pode magoar uma pessoa tanto quanto a pode abençoar.
Sem ti nos meus braços, sinto um vazio na alma. Dou por mim à procura do teu rosto no meio das multidões - sei que é impossível mas não consigo conter-me. A minha procura por ti é uma busca interminável (...)
Desculpa, meu amor, mas não existirá nunca ninguém para te substituir. As palavras que te murmurei eram absurdas e eu devia ter percebido isso então.
»

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