12 de abril de 2004

Sonhos.

Sou uma rapariga cheia de sonhos.
É estranho tentar explicar alguns deles porque são tão amorosos que tenho medo que alguém mos roube.

Por volta dos meus 11 anos, a minha mãe comprou-me um livro delicioso. Chama-se «Chocolate à chuva» e só pelo título eleva o meu pensamento a um mundo de sonho.
Sempre que leio este título penso em ti.
Gostava de partilhar um chocolate (de preferência um dove de caramelo) sentada num parapeito qualquer, a ter aquelas nossas conversas sem nexo, repletas de asneiras e de sorrisos cúmplices. Gostava de lamber o caramelo enquanto mexo no cabelo e sorrio para ti por seres um anjo de cabelos castanhos compridos e com uns olhos enormes perdidos numa imensidão de neve branca e palavras absurdas murmuradas no frio.
Tenho saudades tuas.

Tenho um sonho que já devo ter mencionado. Sonho este que partilho contigo meu amor...
Um sonho que envolve aquela nossa casinha branca de madeira à beira mar. Aquela casinha que da janela do quarto nos mostra o mar tão infinito e profundo como o sentimento que nos une.
Sonho connosco (muitas vezes) sentados no baloiço de madeira (também branca), enrolados numa mantinha, perdidos em sonhos e na caneca de café com leite que partilhamos.
Sonho com as palavras que me murmuras que de tão doces me enchem a alma («És a pessoa mais bonita do mundo.») e sonho, sonho que nos levantamos e damos a mão e vamos pedir ao mar, que frio, nos beija os pés, para estar sempre ali... como o nosso amor.

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